“É diminutivo falar de Mani Padme Trio como qualquer trio de jazz. O grupo, de fato não pertence a uma categoria musical precisa e identificável, se não àquela ampla e onicompreensiva da grande música, aquela que consegue transcender as intensões do próprio autor até assumir uma validade universal.

A música do Mani Padme Trio tem o ritmo de um respiro, a profundidade de um pensamento, a beleza de um sorriso, a vitalidade de uma criança que corre. É simples, espontânea, imediata e fala diretamente com a alma. É música que apenas os grandes artistas sabem criar.”

(Marco Giorgi – crítico italiano).




Formado em 2002, o Mani Padme Trio já está se tornou uma referência na música instrumental brasileira. Depois do sucesso dos dois primeiros CDs “Um dia de chuva” e “Depois”, lançados no Brasil pela Tratore e na Europa pela Red Records, o trio formado pelo pianista cubano Yaniel Matos, pelo baixista Sidiel Vieira e pelo baterista Ricardo Mosca, apresenta seu terceiro disco “Vôo”.

Estamos aqui de frente com duas culturas que se encontram, Brasil e Cuba, samba e salsa, mas os três, ao deixarem soar os tratados comuns e as divergências entre as suas idéias musicais, ficam a parte do conceito abusado do latin jazz.

Os ritmos e as cores de São Paulo, estão presentes, porém não são facilmente visíveis. Encontramos estas características com sabedoria em diálogos instrumentais traçados através de um estilo próprio e, ao mesmo tempo, rico de influência do jazz europeu e da música “novaiorquina”.

O grupo que completou 13 anos de existência, traz nas canções de Yaniel Matos e Sidiel Vieira formas musicais complexas, profundas, e meditativas. Livre de esteriótipos, o trio produz um som totalmente original, com uma relação realmente simbiótica entre os músicos. Além das composições próprias o trio mergulha agora em releituras de alguns clássicos de compositors como Milton Nascimento, Dorival Caimmy, Paul McCartney, Jobim, dentre outros.